23/05/2018 Diário da Amazônia Livre ATITUDE GLOBAL

Comissão do Senado busca saída para exportações em Guajará

Política

Comissão do Senado busca saída para exportações em Guajará

Fechamento do porto completa uma semana com prejuízos aos dois países.

Por Marcelo FreireDIÁRIO DA AMAZÔNIA

 

Município de Guayaramerin, na fronteira da Bolívia com Brasil, também sentiu o reflexo com o fechamento do porto (Foto: Jota Gomes/Diário da Amazônia)

O fechamento do porto no município de Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, será tema da pauta de trabalho nesta terça-feira (22) da Comissão de Infraestrutura e Transportes do Senado Federal. O senador Acir Gurgacz (PDT), vice-presidente da Comissão, esteve ontem em Porto Velho (RO) reunido com empresários da região discutindo o tema.

Ontem, completou uma semana que o porto do município está fechado por conta das mudanças nas regras de transportes de mercadoria entre os dois países. Guajará enfrenta a maior crise política da história após entrar em vigor na última segunda-feira (14), um Tratado de 1990 assinado entre Brasil e Bolívia estabelecendo que empresas que atuam na exportação de produtos  devem utilizar uma balsa cadastrada junto a Agência Nacional de Transporte Aquariávio (Antaq).

Até semana passada, segundo apurou o Diário,  barqueiros desempenhavam essa atividade pelo rio Mamoré. A Resolução 1274, da Antaq, não permite mais o transporte de cargas através de “rabetas” – embarcações de pequeno porte”, causando no fechamento do porto. Os prejuízos com o porto fechado já somam mais de R$ 15 milhões com as exportações e empresas já contabilizam perdas de receita.

O prefeito de Guajará-Mirim, Cícero Noronha (DEM), embarcou ontem para Brasília com a missão de construir uma agenda no Ministério das Relações Exteriores e apresentar as demandas da população e do comércio dos dois países. O Diário entrou em contato com o Itamaraty, mas até o fechamento desta reportagem a assessoria do órgão federal não havia se manifestado.

FONTE> DIÁRIO DA AMAZÔNIA